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Mostra “Tribos Urbanadas” no CCBB-SP

Posted in Uncategorized by Adina Almeida on 14/05/2009

Para quem está acompanhando nosso blog e interessado em conhecer mais sobre sobre a cena, não pode perder essa.

O CCBB-SP está com uma mostra de filmes e documentários incríveis chamado “Tribos Urbanas no Cinema”. A mostra começou ontem e deve ir até 31/05 exibindo clássicos como “Quase Famosos” de Willian Miller, “A Festa Nunca Termina” de Michael Winterbottom e “Até que a Vida nos Separe”, de José Zaragoza, além dos incríveis documentários (que particularmente nos interessa  mais) sobre Joe Strummer (Joe Strummer: o Futuro Está para ser escrito, de Julien Temple – veja matéria da Folha sobre a exibição no post anterior), New Yord Dolls (New York Doll, de Whiyeley), Rolling Stones (Stoned, A História Secreta dos Rolling Stones). Vale apena ainda dar uma conferida em “HYPE!” de Doug Pray sobre a cena grunge de Seattle, “Doqtown and Z-Boyz – Onde tudo começou” de Stacy Peralta sobre a origem do skate e “Control” de Anton Corbijin, sobre a vida de Ian Curtis, ex-vocalista do Joy Division.

Filmes incríveis para todas tribos, com preço justo a R$ 2.00 para estudantes, e em vários horários, tenho certeza que você consegue assirtir pelo menos um!

Veja Sinopses

Veja Programação

Site CCBB-SP

Documentário narra histórias de Joe Strummer, ex-Clash

Posted in Uncategorized by Adina Almeida on 14/05/2009

THIAGO NEY

da Folha de São Paulo

No início dos anos 90, Michael Hutchence (1960-1997), então vocalista do INXS, e Joe Strummer (1952-2002), então ex-vocalista do Clash, estavam em um clube londrino quando um grupo de garotas se aproximou.

Foram todas para cima de Hutchence. Após um tempo, o galã desvencilhou-se das fãs, mas se sentiu mal por Strummer ter sido ignorado. Este voltou-se para Hutchence: “Não se preocupe comigo. Sou apenas o porta-voz de uma geração”.

strummer
Joe Strummer, ex-vocalista da banda punk The Clash, é tema de documentário de Julien Temple

Quem conta a história é o cineasta Julien Temple, que foi amigo íntimo do vocalista do Clash e dirigiu “Joe Strummer: O Futuro Está para Ser Escrito”, documentário agudo que está na mostra Tribos Urbanas, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de São Paulo.

Por meio de entrevistas com pessoas ligadas a Strummer e com gente como Johnny Depp, Martin Scorsese e Bono, Temple procura decodificar o guitarrista, letrista e vocalista de uma das bandas mais atuantes e engajadas do rock –quando engajamento era algo mais do que cantar “Minha Alma” no programa do Luciano Huck.

A partir de referências sociais e políticas em músicas como “Tommy Gun” e “Spanish Bombs”, Strummer foi chamado de “porta-voz de uma geração”. Segundo Temple, 55, ele lidava com a expressão de uma maneira ambígua:

“Joe encarava isso com humor. Ele usou sua posição como pessoa pública de uma forma responsável. Realmente acreditava que podemos mudar o mundo positivamente. Por outro lado, ele acabou com o Clash porque não queria ser um rock star, muito menos porta-voz de alguém”.

Pistols ou Clash?

Temple e Strummer se conheceram em 1976, logo após a formação do Clash. Fascinado por rock and roll, o cineasta passou a filmar bandas da cena punk londrina, principalmente o Clash e os Sex Pistols.

Até que Strummer disse a Temple: ou eles ou nós. E Temple escolheu eles. “Eu já havia colhido um material extenso dos Pistols, não poderia jogar aquilo fora. Então tive que me afastar do Clash.”

Diretor e roqueiro ficaram afastados até os anos 90. “Joe se casou com uma amiga de escola de minha mulher. Certo dia, essa amiga vai almoçar em casa e eu dei de cara com Joe.”

Nos últimos anos, Strummer aproximou-se de Temple. Viraram bons amigos. “Ele se tornou pai, estava mais calmo. Mas não é fácil fazer um filme sobre um amigo.”

Julien Temple tem na bagagem alguns filmes de ficção (como “Bullet”, de 1996), mas são os filmes sobre pop e rock que dominam seu currículo, como “The Great Rock and Roll Swindle”, sobre o Sex Pistols, e “Glastonbury”, sobre o festival homônimo inglês.

“Não faço filmes estritamente sobre música. O objetivo é enxergar alguns aspectos que existem dentro da música. Não são documentários de rock; estão mais para longas de história social”, conta. “Cresci ouvindo Kinks e Stones, e eles me fizeram ver o mundo de forma diferente daquela que eu via na escola. Foi algo libertador.”

link da matéria: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u565089.shtml